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3.9.24

EU HOJE SOU...


Boa tarde amigos. Acabo de regressar do Algarve. Espero que estejam todos bem. Eu continuo com o problema dos olhos e ainda há espera da consulta no hospital por causa do transplante de córnea.

31.7.24

PAUSA


Pausa

Por imposição do meu oftalmologista. Voltarei assim que melhorar. Boas férias para quem está de férias e bons e felizes dias para quem ainda não está.

28.7.24

DOMINGO COM HUMOR


 

Disse um deputado que, pela primeira vez, discursou na Assembleia

 a outro colega mais velho:

- É curioso como uma mesma coisa produz muitas vezes efeitos contrários em pessoas diferentes!

Pergunta o colega:
- Que queres dizer com isso?!

Responde o outro politico:
- Estou a pensar no discurso. A prepará-lo, passei quatro noites sem dormir, mas, ao fim de vinte minutos de estar a falar, tinham adormecido quase todos


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Depois de discursar, o político queixa-se à sua secretária:
- Caramba! Tinhas que me escrever um discurso tão longo?! Já estava toda a gente a bocejar, como se estivessem cansados de me ouvir ou já não estivessem interessados…

E responde a secretária:
- Na verdade, eu até escrevi um discurso razoável, cometi foi o erro de lhe entregar as três cópias…


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Um homem, à procura de um primeiro emprego para o seu filho, vai falar com um amigo que é político para conseguir um ‘favorzinho’.  Diz-lhe o amigo politico:

- Sem problemas! Consigo-lhe um cargo fabuloso: mais de cinco mil euros por mês, só para começar, carro do governo, telemóvel, casa e uma secretária pessoal! Que achas?

- Elah… Mas isso é muita coisa, vai estragar o rapaz! Não lhe arranjas qualquer coisa mais normal? Assim, sem carro, nem casa, nem secretária e só uns 900 euritos por mês. Não consegues nada assim?

- Olha, eu conseguir até consigo… Mas para isso ele tem que ter licenciatura, mestrado, doutoramento e ser fluente em pelo menos três línguas…



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Uma velhota viajava sozinha numa carruagem de um comboio. Numa das estações seguintes, entrou um tipo com quatro berços, cada um com o seu bebé.

Curiosa, a senhora olha para o homem, olha para os bebés e, ao cabo de alguns minutos, rompe o silêncio e pergunta:
- São todos meninos?

Responde o homem:
- Não, minha senhora. São três meninas e um rapaz.

E a velhota:
- São seus filhos?

- Não, minha senhora. – diz-lhe o homem.

Insiste a velhota:
- Ah, então, são seus sobrinhos!

- Também não! – explicando de seguida – Mas eu esclareço, sou vendedor de preservativos e ”isto” são reclamações de fabrico…


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Num museu, dois turistas falam com o guia:
- Que idade tem este dinossauro?

Responde o guia:
- Três milhões, quatro anos, dois meses e uma semana.

Impressionados, os turistas perguntam:
- E como sabe a exatidão da idade?

Esclarece o guia:
- Simples, quando vim para cá trabalhar ele tinha três milhões de anos, como eu estou cá há quatro anos, dois meses e uma semana…


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Numa operação stop em Monsanto, um policia manda parar um carro e diz:
- Está com a frente do carro toda amolgada!

Responde o condutor:
- Acabei de atropelar o meu maior inimigo…

Intrigado, pergunta o policia:
- Então e estes ramos e estas folhas no radiador são porquê?

E o condutor:
- O gajo resolveu fugir para dentro do mato e tive que ir atrás dele…


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Um velhote vai ao médico:
- Doutor, tenho este problema com os gases. Solto à vontade uns 40 por dia. Felizmente não cheiram mal, mas o barulho é tão desagradável…

Depois de analisar, diz o médico:
- Meu senhor, vamos fazer um tratamento por etapas. Primeiro vai tomar estes comprimidos, três por dia, durante uma semana…

Passado uma semana, o velhote volta:
- Ó doutor, a medicação não deve estar a dar resultado. É que os gases não só continuam, como passaram a cheirar horrivelmente…

E responde o médico:
- Calma meu senhor, agora que já o tratei da sinusite, vamos lá tratar dos gases…



NOTA : Desculpem as ausências, mas já tive que voltar ao oftalmologista. Não sei se do calor, mas tenho estado outra vez, aflita. Prometo que sempre que estiver melhor vos visito.

26.7.24

26 DE JULHO DIA DOS /AS AVÓS



Porque hoje é o dia dos avós, eis as minhas duas princesas



SER AVÓ

Ser avó é sentir felicidade,
É conhecer um amor doce profundo,
É viver de carinho e ansiedade,
É resumir nos netos o meu mundo!
Ser avó é voltar a ser criança,
É fazer tudo pelos netos amados…
É povoar a vida de esperança,
É reviver o passado.
Ser mãe é dar o coração, eu creio,
Mas ser avó… que sonho abençoado!!!
É viver de ilusão, num doce enleio,
É viver nos netos o amor do meu filho amado!!

Mtlago


Ver  AQUI


A maioria conheceu a Mariana quando nasceu e durante uns anos acompanhou o seu crescimento. Hoje está assim. A pequenita é a Princesa Traquina, a Margarida.


Gente com este calor estou com os olhos numa desgraça. Ardem, choram, levo os dias a por compressas de água fria neles.

24.7.24

PIEDADE - UMA MULHER DE OUTROS TEMPOS

REEDIÇÃO


                                                        

Quando Piedade soube que estava de novo grávida, pensou que o mundo lhe caía em cima. Corria o mês de Setembro de 1917, e o mundo agonizava entre uma guerra que durava já há três anos, e a gestação de uma revolução prestes a nascer na União Soviética. Nessa altura os Alemães tinham-se apossado de Riga, e a Itália fazia frente ao império austro-húngaro perto de Piave, onde se refugiaram no mês seguinte, e de onde conseguiram por fim rechaçar as tropas inimigas. 

O reino Unido lutava comandado por esse extraordinário coronel que foi T. E. Lawrence, na Palestina, e com o auxílio dos Árabes, aproximava-se de Jerusalém. Os Americanos tinham entrado na guerra e o Brasil preparava-se para declarar guerra à Alemanha e entrar no conflito ao lado dos Aliados.
 
O Corpo Expedicionário Português, combatia na Flandres ao lado dos Aliados e os jovens portugueses embarcavam para as colónias portuguesas tentando defendê-las de algum possível ataque  do inimigo.

 Em Portugal, acontecia a quinta  aparição em Fátima, envolta pelo controvérsia, entre os que acreditavam nos videntes e se deslocavam religiosamente à Cova de Iria, e aqueles que juravam que as aparições, mais não eram do que uma manobra do governo, para desviar a atenção dos Portugueses, que mal preparados para a guerra sofriam pesadas baixas, e ainda dos constantes embarques de jovens para as colónias portuguesas, duas situações que sangravam a Pátria da sua juventude masculina. 

Mas tudo isto passava ao lado de Piedade, uma ignorante mulher, do povo, a viver numa aldeia do interior norte de Portugal,  que nada  sabia, nem sonhava, do que se passava por esse mundo de Cristo. Ela nada conhecia para além da sua pequena casa, numa aldeia encravada entre montes, onde habitava com os filhos, tendo por companhia constante a fome e a miséria. O companheiro partira para o Brasil em busca de uma vida melhor e nunca mais dera notícias. Ela nem sabia se era vivo ou morto. Com ela ficaram os dois filhos, uma menina de dois anos e um rapazito, recém-nascido e muito enfezado, a quem ninguém profetizava uma vida 
longa.
 
Sem emprego, Piedade, percorria as poucas casas da aldeia e de outras aldeias vizinhas, oferecendo-se para trabalhar, na lida da casa, ou no campo, cujos trabalhos não tinham para ela segredos. Meses antes, ela conhecera um homem de uma aldeia vizinha, viúvo, com alguns campos, e que lhe prometera, ajuda para criar os dois filhos em troca de “certos favores”. 
Piedade não sabia nada de métodos anticoncecionais.
 
A falar verdade ela se juntara com o pai dos filhos com apenas dezasseis anos quando a mãe morrera. O pai nunca o conhecera. A mãe nunca lhe falara sobre as coisas da vida. Quando Piedade se juntou com o Joaquim, não foi por amor. Amor era um luxo a que os pobres não chegavam.

 Foi uma espécie de troca. Ele ajudou-a a pagar o funeral da mãe, e ela pagou-lhe com a sua virgindade. Depois, foi ficando por lá, punha comida na mesa, pagava a renda da casa, e ela satisfazia-lhe os apetites sexuais. Que a falar verdade, duravam o tempo necessário para ele se satisfazer. Piedade “embuchou” uma vez e as despesas cresceram. Quando “embuchou” a segunda vez, Joaquim disse que o primo que estava no Brasil lhe mandara uma carta de chamada, que ia embarcar e quando pudesse a mandava buscar e aos filhos.

 Joaquim terá ido mesmo para o Brasil? Quem sabe, se partiu ou se apenas se quis livrar de responsabilidades e despesas. A verdade é que estivesse onde estivesse, nunca mais lhe deu notícias.

 Com duas crianças pequenas, Piedade arregaçou as mangas e foi à luta. Mas a vida era muito difícil, o trabalho no campo bem duro, e mal pago. Ninguém da atual geração, terá uma noção exata do que era a vida em Portugal na primeira metade do século vinte. Um dia inteiro, não chegaria para contar as vezes que ficava sem comer, para dar de comer aos filhos.
 
Por isso aceitou a ajuda do lavrador, para quem trabalhava. Era  viúvo e esse facto dava mais coragem a Piedade. Ela não seria capaz de estragar o casamento de ninguém, E Alberto parecia sincero e bom homem. Por algum tempo ela pode dar aos filhos uma alimentação aos filhos como eles nunca conheceram na sua curta vida, porém quando Alberto soube que ela estava grávida, simplesmente a pôs na rua com os dois filhos e com a indicação de que nunca mais lhe aparecesse na frente. Ela chorou tudo o que tinha a chorar e depois recomeçou a jornada de porta em porta, procurando trabalho. O seu ar franzino não mostrava a força de que aquela mulher era dotada.

 Em Abril de 1918, poucos dias depois do desaire português, na Batalha de La Lys, nasceu o terceiro filho de Piedade. Era um rapazinho pequeno e franzino,  mas saudável. 

Para criar os três filhos, Piedade trabalhou no campo, até deixar de sentir as costas, de tanta dor, lavou roupa no rio até as mãos sangrarem, deitou com a fome, levantou com a miséria, mas não chorou que as lágrimas tinham acabado há muito tempo. 
Um dia, depois que os filhos emigraram em busca de uma vida melhor, deixou-se dormir, e nunca mais acordou.



Fim

19.7.24

UMA VIAGEM ESTRANHA

 


Outubro aproximava-se do fim. Apesar disso o céu sem nuvens e o sol, que embora não apresentasse um calor abrasador, como no verão, estava luminoso e lançava sobre a terra um calor muito agradável. Conduzia numa estrada deserta, de volta ao lar de meus pais, depois de alguns anos de ausência.

 Ao olhar a paisagem tive consciência, de que me enganara na estrada, mas segui em frente, pensando que afinal aquela estrada, iria ter a algum lugar, donde poderia retomar o caminho de casa. Porém a estrada terminou um pouco mais à frente. Parei o carro e saí para olhar à minha volta.

 À minha frente uma floresta, exibia os maravilhosos tons de outono. Curiosa avancei uns cem metros e deparei-me um enorme lago, cujas águas tão serenas, mais pareciam um enorme espelho,  sobre o qual as narcisistas árvores da margem se miravam vaidosas. Quedei-me extasiante perante tão bela imagem que  me sugeriu a natureza em paz consigo mesmo . 

Pensei que era um lugar onde o homem ainda não chegou, mas então vi mais à frente duas cadeiras lado a lado, num pequeno pontão, como que a dizer-me que estava enganada. Duas cadeiras vazias que sugerem momentos de contemplação e amor.

Contemplação pela natureza, mas também amor pela pessoa que se senta ao lado, e com quem se quer partilhar um lugar tão paradísico. Olhei à volta e não vi cabana, ou caravana, que me mostrasse que ali vivia alguém. As cadeiras estão vazias, e a paz do lugar, apenas tem por companhia a solidão, o que me leva a pensar no que terá acontecido a quem nelas se sentava. 

Enquanto me perdia em conjeturas, anoitecera e de súbito desatei a correr assustada com medo de não conseguir encontrar o carro. Então a luz do sol bateu-me no rosto, e abrindo os olhos vi que a minha mãe tinha acabado de abrir a persiana, fazendo com que a luz me  acordasse.